Morri eu ou morreu ela?
Artist: Pieter Bruegel the Elder (1515 - 1569) Title: The Triumph of Death Art Style: Renaissance Year: 1562 Photo Credit: bridgemanart.com Image ID: 457 Medium: Oil On Panel Location: Prado, Madrid, Spain Size: 162 x 117 cms / 63.8 x 46.1 inches
Após esses dias de carnaval, em que tive um pouco mais de tempo para ler, fiquei pensando na morte da literatura, já que não havia nenhuma bezerra por perto. A morte da literatura foi decretada há algumas décadas. Várias são as explicações que tentam argumentá-la, algumas bastante vanguardistas. Lembro-me de uma entrevista de Ricardo Piglia, em 1998, em Princeton. Quando indagado sobre esse tema, respondeu: “Não acredito nisso (na morte da literatura). Para mim, é muito mais interessante a literatura do que a vida. Primeiro, porque possui uma forma muito mais elegante; e, segundo, porque é uma experiência muito mais intensa”. Um pouco mais adiante, diz Piglia que a sociedade está matando a literatura, na medida em que a enxerga como fonte de dinheiro, somente. E mais: “(...) esta sociedad no inventaria la literatura si no la hubiera encontrado hecha”. Continuo pensando...
5 Comments:
Cara Jerepilda,
o que você disse é um dos pontos. Entre outras coisas, o Piglia concorda com você: a literatura precisa vender, precisa ser palatável, comercial. Assim, grassa e grassará Paulo Coelho &($)e cia.
Caro amigo, bom retorno. A "crise" parece, lhe fez bem ("o poeta não morreu, foi ao inferno e voltou").
Penso: sempre haverá espaço para a literatura e para a boa literatura. No caso do Paulo Coelho, citado pela Jerepilda entendo que tudo é uma questão de afinidade e haja afinidade (+ de 100 milhões de livros vendidos no mundo). Em breve será eternizado por Fernando Morais em uma biografia autorizada.
Não é o meu preferido, apesar do pseudo esoterismo que permeia sua obra, mas há um público que emerge para leituras mais refinadas, a partir dele.
grande abraço
Paulo,
por algum tempo, acreditei no fenômeno Paulo Coelho como um trampolim para leituras mais sofisticadas, mas tenho me decepcionado. Os seus leitores pulam para um tal de Augusto Cury e outras coisas do gênero. Exceções existem, é certo. O problema é que o alicerce intelectual é geralmente mal formado. E você sabe: com alicerce ruim, a casa cai ou nem é erguida...
Abraço!
É verdade...
em casa mal construída pode-se utilizar uma "sapata", estrutura de concreto muito utilizada para reforçar reformas de casas velhas. Para estruturá-la podemos incitar a utilização de ferro-velho, no caso: Paulo Coelho, Augusto Cury, bula de remédio, etc...
Jesus cristo amado além do genial Professor Júlio nunca mais tinha ouvido ninguém falar do Piglia!!!!
Vc é genial!
Taty
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