Tom, 80 anos.
Durante minhas primeiras aulas de saxofone alto, comecei a tocar os "standards" da canção americana, que tinham povoado boa parte de minha memória musical da tenra juventude. Assim, iniciei por "My Funny Valentine", "Misty", "Strangers in the night" e "S'Wonderful"; de Lorenz Hart e Richard Rodgers a Cole Porter. Até que, por fim, pedi para tocar "Luiza", de Tom Jobim. A leitura inicial da partitura, antes de tocar as primeiras notas, na fase pré-embocadura, fez com que eu achasse que não teria muita dificuldade. Ledo engano. Tropeçei em seus sustenidos e bemóis, na valsa que pulava de "mi" da primeira escala, grave, para um "mi" bemol agudo (para quem conhece a música): " (...) Escuta agora a canção que eu fiz /Pra te esquecer LUIZA". Diante da minha surpresa provocada pela dificuldade da música, meu professor disse: "É, isso é Tom Jobim"...
2 Comments:
Fala, Amigo!
Bem legal seu texto ( não só este mas no geral )!
Eu assassino um violãozinho ( e bota diminutivo nisso! ) de quando em vez e me parece que você pegou a nota primordial dessa canção: exatamente quando ele canta "que eu fiz pra te esquecer, Luiza...".
Tem uma outra canção do Tom que eu acho que tem o mesmo efeito, que é Chega de Saudade.
Mas enfim, como eu disse eu maltrato o pobre instrumento, não posso falar demais pra não falar besteira.
Eu assisti a um show do Tom no Ibirapuera; é uma das ocasiões em que acho que dei muita sorte.
Abraço!
Renato.
Pois é, Primavera. Quem sabe a gente não faz um "duo"...Mas só depois de alguns "scotchs", a la Vinícius e Tom, com muito menos talento mas não com menos alegria.
Abraço!
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