"A exaustão de um homem e a exaustão de uma nação"
Divulgadas as galerias de vencedores da World Press Photo 2008.
"Toda memória é individual, irreproduzível - morre com a pessoa. O que se chama memória coletiva não é uma rememoração, mas algo estipulado: isto é importante, e esta é a história de como aconteceu, com as fotos que aprisionam a história em nossa mente."
"Lembrar, cada vez mais, não é recordar uma história, e sim ser capaz de evocar uma imagem."
(Susan Sontag, Diante da dor dos outros, Cia. das Letras, 2003)
10 Comments:
Amigo, fotografia é arte? Há tipos e tipos de fotos? Capa é arte e Wolfenson é lixo cultural????
E vc Helena?
Se a memória coletiva é estipulada pode ser manipulada. As relações entre memória e imagem não contemplam os outros sentidos. E Proust? Além das imagens, há texturas, cheiros e principalmente emoções. Damásio?
E Nietzsche: o esquecimento é o ativo.
Sontag pós-moderna troca tudo por imagens (ou pseudo-imagens)?
pedpaulo,meu rei,como vai? eu acho fotografia arte,achei a referida foto premiada boa ,mas há melhores,muito melhores.ah!eu sei que a pergunta foi p/oamigo de m.
bjus ped
helena,aonde vc andava ou estava parado na ilha de edição?
helena
Caro Ped Paulo,
você acha que há uma resposta? Será pertinente tal discussão? Precisamos iniciar da definição de arte para cada um de nós. Talvez, estejamos falando de coisas diferentes!
Abraço!
Caro Kx, Sontag faz crítica da foto manipulada, pasteurizada, que se presta de veículo para a excitação da mais vil e primitiva de todas as nossas pulsões: a de morte.
Concordo quando você diz que, uma vez que a memória coletiva é estipulada - imposta, digamos assim - ela pode ser manipulada. Esse é exatamente o ponto crucial da obra citada de Sontag.
Abraço!
Olá! Passei por aqui e gostei!
A imagem é então, sequestrada pela memória coletiva (Jung??) ou por aqueles que usufruem da mídia. E lembrar passa a ser associar imagens aos sentimentos (dos outros!). Isso é um diagnóstico...
O que mais ela fala sobre a memória individual?
Mas, o soldado podia estar apenas enxugando o suor do rosto...
Caro Kx, "A proximidade imaginária do sofrimento infligido aos outros que é assegurada pelas imagens sugere um vínculo entre sofredores distantes - vistos em close na tevê - e o espectador privilegiado, um vínculo simplesmente FALSO, mais uma mistificação de nossas verdadeiras relações com o poder. Na mesma medida em que sentimos solidariedade, sentimos não ser cúmplices daquilo que causou sofrimento". (páginas 85 e 86)
Sontag pós-moderna, com Harvey e Jameson. Vou ter mais um livro para ler... (Tudo culpa sua, Amigo!)
A decifração cotidiana da imagem é a "interpretação dos sonhos" moderna.
A "evolução" é que agora sonhamos acordados...
Abs
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