Knut Rumohr: nem mais uma palavra
A xilogravura é técnica bastante antiga, precursora do famoso e simples carimbo. Utiliza a madeira como matriz e, uma vez o trabalho de entalhe pronto, é só vislumbrá-lo na folha de papel ou outro material escolhido pelo artista. Foi um de meus primeiros contatos com a arte, ainda criança, a xilogravura. Lembro-me de minha fracassada ousadia até hoje: fazer uma xilogravura com os jardins, em perspectiva, é claro, do Museu do Ipiranga. Esse episódio me veio à cabeça após visitar uma exposição de xilogravuras do artista norueguês Knut Rumohr, em Bergen (KNUT RUMOHR,1916 -2002,WOODCUT AND XYLOGRAPHY, Bergen Kunst Museet). Poucas vezes me emocionei tanto com o trabalho de um artista. O trabalho acima, de 1946, intitula-se "Leito de morte" e serve de ilustração para a capa do catálogo da exposição que acabei, inadvertidamente, adquirindo em norueguês, língua que não domino. Isso está me proporcionando uma interessante experiência e me fazendo refletir se o texto cabe ou se tem alguma importância na arte, se há espaço para a narrativa nas artes plásticas. Ainda não tenho uma opinião definitiva mas, por ora, ao folhear as páginas do catálogo, acredito que toda palavra seria um excesso, supérflua e desnecessária.
4 Comments:
Sinto uma tendência a concordar com você. Às vezes, palavras demais, arte de menos...grande abraço. Paulo
Pois é, Paulo...Ainda acho que, neste caso, em especial, palavras são o excesso que acabam por diminuir a obra em si.
Abraço e bom domingo!
Amigo, voltaste! E, aí: o que vai dar hoje: Santos ou Corinthians? Lembranças tricolores, Luiz.
Luiz, não deu nem um nem outro, como já deve saber. Já o meu Palestra...Uma pena!
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