K.
Fui ao Museu Kafka. Acho que fiz bem de só visitar o museu após perambular alguns dias por Praga e, especialmente, pelo bairro judeu, Josefov. É impossível dissociar Kafka de sua cidade natal e de sua ascendência judaica. E de Hermann Kafka, o pai, of course. Podia imaginar o perturbado e frágil escritor passeando pelas ruas da capital tcheca e gestando o seu Gregor Samsa. O ódio pelo pai. E o sentimento de culpa por odiá-lo. Ao cruzar a Naplavni, a metamorfose toma corpo: "Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto". O ponto alto da visita ao museu acontece quando se chega a uma sala cercada por fichários metálicos; há um som incessante de máquinas datilográficas. O espectador sente-se angustiado, oprimido por aquele ambiente burocrático e ceifador de tudo aquilo que possa significar criatividade. Compreende-se, então, Kafka. Não, não, Kafka não teria nascido na Bela Vista ou na Champs-Elysées...
8 Comments:
POIS É,E NÃO É QUÉ CORRETO DIZER ISTO. JAMAIS IMAGINARIA ELE PELAS RUAS DE IPANEMA,LEBLON.......
Ai meu deus, esse museu deve ser maravilhoso. Kafka é meu escritor favorito. Ainda visitei sua cidade natal...
kafka do artista de fome é demais.......
Amigo,Kafka é demais. E o kundera? ABraço@
E, per bene o per male, valha-nos Franz Kafka: "De um certo ponto em diante não se tem retorno. Este é o ponto a ser atingido". Abração!!
Caro Theo,
é esse o ponto- trocadilho meio infame, não?
Abraço!
AMigo, os seus últimos posts me deram idéia de um documentário. Te escrevo por e-mail, pode ser? não quero te aborrecer, mas acho que vai ser legal!!!
PED PAULO E AGORA COM HUNGRIA A COISA FICARÁ MELHOR AINDA.
PEDPAULO,COMO VAI VC,TUDO BEM?
ANONIMA=HELENA
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