Puccini na Amazônia- "Che calda manina"
Caros amigos, acabo de chegar de Belém, onde estive a convite para falar de assuntos relacionados às neurociências. A quente e úmida capital paraense possui alguns excelentes restaurantes (Lá em casa, Don Giuseppe e Manjar das Garças, para citar os que mais me impressionaram) e ótimos sorvetes. De resto, é uma cidade bastante castigada pela desigualdade social que, fruto do coronelismo que ainda custa caro à vida de muitas pessoas, há décadas empresta uma aparência de projeto urbanístico inacabado. Tive a oportunidade de ir ao Theatro da Paz, orgulho compreensível da população local, e fui presenteado por uma arrebatadora e técnica La bohéme, capaz de surpreender até o mais exigente dos críticos. A apresentação fez parte do II Festival Intenacional de Ópera da Amazônia. Rodolfo foi representado pelo tenor Atalla Ayan - que, apesar do nome, é paraense -e nada ficou devendo ao grande Pavarotti (não me venham vocês com Plácido & cia.). Sem exageros.
Andar pelas ruas de Belém me deixou triste. As oligarquias políticas ainda governam e condenam à miséria a maior parte do Brasil. "O resto é silêncio".
3 Comments:
Pois é, Amigo: "Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado"... Acho que valeria a mesma poesia para o texto mais recente...
Amigo, você tomou açaí? Hummmmm...
Abração!
Imagina aqui o restaurante da galeria Stern no Centro do Rio de Janiero.
Lá dentro Inglaterra Chic.
Fora, na rua onde fica, aqueles quadros que mostram as ruas do Brasil Colonia como eram, ou "cidade Partida" como diz o Zuenir ventura.
Haja saude mental para conviver com estes contrastes. Parabens pelo artigo.
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