A boa dor de Heine
Heinrich Heine, litografia, 1851
Recebi dois e-mails comentando o "post" anterior. Fui indagado a respeito da emoção provocada pela língua pátria. Escreveu o missivista: "Sou brasileiro e fiquei muitos anos vivendo no interior da Austrália, em Darwin, Northern Territory. Lá a população era muito miscigenada, com muitos asiáticos. Falava inglês a maior parte do tempo e nas raras ocasiões em que encontrei brasileiros, começava a falar o português desenfreadamente e me sentia feliz, renovado por falar a minha verdadeira língua. Isso tem a ver com o pensamento? (...)". Acho que a melhor resposta para essa pergunta já foi respondida pelo poeta alemão Heine: "Quando escuto falar alemão,/Sinto uma emoção diferente./Me parece que o meu coração/Sangra deliciosamente." O último verso exigiria algumas elucubrações que prefiro deixar para cada um de vocês. Até!
3 Comments:
Provavelmente o missivista não sentiria a mesma coisa ao conversar com um português (embora em português). Conversar com alguém da terra natal quando fora dela nos faz sentir íntimos de alguém que nunca vimos, porque somos capazes de compartilhar informações e emoções próprias da Pátria. Acho que essa mesma sensação seria provocada se, por alguma razão, esse encontro tivesse que ser "conversado" em outra língua que não o "brasileiro".
Então você acredita que dois brasileiros juntos, por exemplo, um falando alemão e o outro chinês, a emoção seria a mesma( ambos comprtilham da mesma terra natal, da mesma cultura e, muito certamente, dos mesmos valores)? Acho que você não está muito certo (a), mas vejo algum fundamento em seu raciocínio. Obrigado pelo coemntário!
que fundamento???
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