A sabedoria de Bloom
A Apoteose de Homero - Jean Auguste Dominique Ingres, 1827 Musée du Louvre (Paris)
Mais um e-mail. Mais uma pergunta curiosa. Fui questionado sobre a incompatibilidade deste blog tratar de filosofia e literatura. Para o missivista, os meus recentes "posts" recheados de poesia, principalmente, fazem com que os temas filosóficos não sejam tratados de maneira séria. Cita A.M.S. a posição de Sócrates contra os poetas, conforme registro de Platão (A República, Livro terceiro, "Contra os poetas que nos inculcam o medo da morte"), em virtude das mentiras perpetradas por Homero em suas Íliada e Odisséia. Bem, este blog não tem a pretensão de ser sério ou acadêmico ao tratar de temas filosóficos. De qualquer maneira, acredito que poderia argumentar usando as palavras de Harold Bloom, em "Onde Encontrar a Sabedoria?": "Não temos de optar entre Platão e Homero, embora Platão assim o quisesse. Se, em última instância, tivermos de escolher, leiamos Homero." Sim, leiamos Shakespeare, Keats, Wordsworth, Baudelaire, Pound, Pessoa e, até mesmo, Drummond.
10 Comments:
Caro Amigo, seu trabalho está ótimo. Acho que o comentário citado não deve ser levado em conta. Assim como aquele que reclamava sobre a extensão do post. Tudo está muito bom...
LINDO CONSELHEIRO O SEU BLOG É O QUE DE MELHOR HÁ NESTE UNIVERSO,NÃO SE IMPORTE COM QUEM CRITICA.
AH HAVIA ME ESQUECIDO,ALGUÉM DISSE E VC COMENTOU QUE NÃO CONSGUIA LER ULISSES´POIS É EU TINHA 18ANOS QUANDO LI A PRIMEIRA VEZ E JÁ RELI VÁRIAS VEZES,É CLARO QUE CADA UM TEM A SUA OPINIÃO. MAS JOYCE E SEU ULISSES É TUDO. NOSSA IA COMEÇAR A DISCURSAR NOVAMENTE.
Caro amigo...se me permite: assim é a natureza, humana ou não, quando esboça sua beleza, na arte ou ficção, abre caminho certo a todo tipo questão. Rima banal? Talvez...
Tenho que dizer: há um refino sutil em teus últimos "posts". E viva Drumond e outros...
Caro Paulo Lima, fina ironia a sua. Mas diria "viva os outros e, porque não, também Drummond". Abraço!
Qual o problema com Drummond? Por que "até mesmo Drummond"?
Questão de gosto, simplesmente.
Nos vai-véns oníricos,
lírico, descubro ritmos,
nos tons azuis marítimos...
É impossível separar Poesia de Filosofia
Sim, Kadu. Nada melhor que as "Pequenas Poesias em Prosa", de Baudelaire. A minha preferida? "Os olhos dos pobres" ("Les yeaux des pauvres"). Abraço!
Cada dia gosto mais de ler seu blog!!!
Que bom!
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