Felicidade coletiva?
Ella Fitzgerald, My happiness
Li no edge. Nicolas A. Christakis, médico e sociólogo, professor em Harvard, é um dos mais respeitados estudiosos de "social networks". Resumidamente, Christakis e seus colaboradores defendem a idéia que a felicidade não é apenas uma função decorrente da experiência individual, mas uma propriedade de grupos, "as emoções são fenômenos coletivos". Diz o pesquisador que "a felicidade de uma pessoa está relacionada à felicidade de seus amigos, dos amigos de seus amigos e dos amigos dos amigos de seus amigos". Além disso, "cada amigo novo feliz que é inserido em sua "rede social" aumenta em 9% a probabilidade de você estar feliz". Ou seja, "a chance de felicidade de uma pessoa está além de seu horizonte social". Se isso for verdade - ou, de modo mais importante, você acreditar que é verdade - está aqui uma sugestão de plano para o ano que se aproxima: afastar-se de pessoas casmurras, sorumbáticas. Em tempos de crise, sei não. Mas 2010 tá logo aí...
6 Comments:
Não consigo confiar em pessoas de todo felizes..
amigo de Montaigne,não sou casmurra nem sorumbática,porém esta busca incessante de felicidade acho meio estranha...ah!
BOAS FESTAS!!!
ABRAÇOS
HELENA
Caro Jonas, Freud já nos ensinou a desconfiar das tais pessoas "de todo felizes". Feliz de quem aprendeu a lição. Abraço!
eu que costumo levar muito a sério as exatas e suas probabilidades, sou mais adepta do que você é ou não é. Em essência, felizes e otimistas serão assim mesmo cercados de "deprês" e o contrário também. Em uma situação ou outra, alguém mais "up" pode ajudar outro que se "acostumou" com a tristeza a querer sair dela. Mas em outras, isso pode até ser encarado como mais um motivo para (o fato da existência desses felizes).
Enfim, como disse no início, dou crédito aos estudos e suas estatísticas, por isso, até gostaria te lembrar um outro estudo que tratasse do assunto. Por hora, tenho só essa minha opinião.
BOAS FESTAS
abraços
Deparo com uma frase simples do Tchekov: "Nós não somos felizes, e a felicidade não existe; apenas podemos desejá-la."
A felicidade como Everest, como dançarina exótica, como letra de câmbio. Às vezes, acho que procuro apenas a inconsciência: simplesmente não acordar mais. Saio à rua como quem vai ao próprio velório. Se perdi a conta dos rounds, por que desistir neste? Mas chega a hora em que você não ouve mais, quer simplesmente que tudo acabe, voltar para casa, deitar com as cortinas fechadas e não pensar em mais nada. Não é apenas um corpo dolorido, um rosto ferido ou uma mão quebrada. Se você estiver com sorte, ele ainda estará lá. E, sem dizer nada, levantar o cobertor e deitar-se ao seu lado.
Às vezes, desejar a felicidade parece valer a pena.
A infelicidade, segundo essa "teoria", também decorreria do fenômeno de relacionamento social e amizades. Assim também a petulância, a alegria, a saudade etc etc etc...Quanta besteira!
Postar um comentário
<< Home